Sita na área meridional concelhia, a uns dezanove quilómetros para sudeste da cidade sede, Santa Comba de Rossas detém uma área paroquial algo reduzida, sendo habitada actualmente por umas setecentas almas. Implantada á margem da “Velha” E.N. 15, a povoação de Santa Comba de Rossas tem naquela via um dos acessos à urbe brigantina, em alternativa ao mais expedito e recente IP 4. Também por aqui passava a antiga Linha de Caminhos de Ferro do Sabor, outrora ligado, em pitorescos percursos, as cidades transmontanas de Mirandela e Bragança.
Nos limites ocidentais da freguesia, localiza-se a desactivada Estação de Rossas, em trecho peculiar do trajecto, visto que atingia, com seus 849 metros, a mais elevada cota de altitude registada em todas as linhas do País. Note-se que este território paroquial assenta ainda na vertente oriental da Serra da Nogueira, ostentando uma topografia montanhosa, com altitude média superior a seiscentos metros. Sobre a arqueologia local pouco se saberá de concreto embora, e atendendo aos fortes indícios de povoamento em freguesias limítrofes como Pinela (Castelo), Sortes (Marroninho) e Rebordaínhos ( Cabeço Cercado), seja de suporte que já por estas bandas se tivessem fixado populações protohistóricas.
No seu bem conhecido “Elucidário”, Sousa Viterbo aponta como possível justificação para a presença aqui bem um topónimo “Rossas”, a suposta existência de uma albergaria medieval em honra de Santa Maria de Roncesvales, outrora dita “de Roças-Vales”. Se bem que a ordem dos Cónegos Regrantes aqui tivesse documentados bens pelo século XIII, como demostrarão as “Inquirições”, parece-nos pouco plausível esta “complicada” origem etimológica, sendo talvez de preferir a hipótese firmada num étimo “roças”, ainda hoje designativo quer das operações de corte do mato, quer das próprias áreas onde o mesmo se avoluma, indicando ainda por extensão todo o trabalho agrícola efectuado posteriormente sobre os terrenos desbravados. Incluindo na remota organização paroquial, até em virtude da remota devolução a Santa Comba.
A actual Igreja Matriz é um templo razoavelmente amplo e de algo imponente traça setecentista, ostentando na frontaria a data de 1741. Surge esta fachada principal, toda de cantaria à vista e dotada de um imponente pórtico de sabor classicizante, rematada pelo invariável campanário “braganção”, de tripla ventana. O imóvel encontra-se implantado em posição baixa, surgindo algo obliterado por um caminho de terra batida, a uns dois quilómetros distantes da povoação, fica um outro templete de formosa traça possivelmente setecentista, este em aprazível localização campestre, rodeando de seculares castanheiros e outros frondosos espécimes arbóreos. Trata-se da Capela de Nossa Senhora do Pereiro, notabilizada pala concorrida romaria ali efectuada aos 15 de Agosto de cada ano. Na Câmara Municipal de Bragança http://www.cm-braganca.pt 2 frontaria do templo sobressai, abrigada em um nicho, uma imagem pétrea da Padroeira, talhada em calcário e de certa beleza escultórica
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